Mudanças nos projetos dos carros de F1.

Publicado: 06/08/2010 por Sirlan Pedrosa em Artigos
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É inegável que a F1 depois de uma estabilidade nas regras por cerca de dez anos vive agora um momento de profundas mudanças. A crise que assolou o mundo no final desta década provocou grandes estragos na categoria, afastando montadoras e colocando na ordem do dia uma pouco comum no meio: economia.

Desde 2009 as regras vêm sofrendo grandes alterações tanto na parte técnica (asas, difusores, apêndices aerodinâmicos, tanques maiores, etc) quanto na parte esportiva (nova pontuação, restrições nos testes, novas equipes, etc), visando sobretudo melhorar os espetáculo e reduzir os custos. Em suma, a F1 precisa melhorar sua relação CUSTO x BENEFÍCIO.

Uma mudança que praticamente não aparece para os fãs da categoria nos GP´s, mas que impactou de forma substancial a organização e o orçamento das equipes foi a proibição dos testes durante a temporada. Para reduzir os custos as equipes hoje também têm seu “tempo no túnel de vento” controlado.

Como a essência da competitividade na categoria também está no desenvolvimento contínuo dos carros, os times tem migrado o foco do desenvolvimento em grande parte para os sistemas de projeto em supercomputadores, utilizando programas avançados de dinâmica dos fluidos que reproduzem virtualmente os resultados que antes eram obtidos em testes de pista e nos ensaios de túnel de vento.

Trata-se de uma tecnologia relativamente nova entres as equipes e que ainda tem aplicação limitada a algumas partes dos carros.

Entretanto, uma das novas equipes assumiu o risco de projetar inteiramente o carro através dessa tecnologia. Além de um desenho bonito e uma pintura inspirada o carro da estreante Virgin carrega uma grande aposta.

A categoria já passou por alguns momentos de mudança no conceito de projetar e desenhar os carros.

No princípio o projeto mecânico tinha atenção especial. A complexidade era muito menor e havia inclusive engenheiros generalistas que além de projetar carros também desenhavam motores. Vittório Jano e Gioacchino Colombo foram nomes dessa época, depois tivemos homens como Mauro Forghieri e Giácomo Calliri.

Lancia D50, Vittório Jano

Nos anos 60 e 70 Collin Chapman trouxe conceitos aeronáuticos para o desenho dos carros. Engenheiro aeronáutico da RAF na segunda guerra, o inglês foi o primeiro a aplicar tecnologias como chassi monocoque, conjunto motor/câmbio como elemento estrutural e desenho da carroceria com função aerodinâmica. Carros como os Lotus 25, 49, 72 e posteriormente também o modelo 78, ajudaram a mudar totalmente a forma de projetar e construir um carro de F1.

Na década de 80 tivemos o momento dos engenheiros que aliavam esses conceitos aeronáuticos de Chapman a um maior rigor no projeto mecânico e na construção dos carros. O projeto passou a ser encarado de uma forma muito mais profissional e começou-se a utilizar materiais nobres como fibra de carbono e kevlar. O cuidado com o cálculo estrutural do carro era enorme e os chassis tornaram-se muito mais rígidos, leves e seguros. As suspensões passaram por um avanço enorme, chegando até aos modelos ativos. Foi o apogeu de nomes como Patrick Head, John Barnard e Gordon Murray.

MP4/ 2, John Barnard

A partir dos anos 90 os especialistas em aerodinâmica começaram a prevalecer. Homens com total domínio do uso dos túneis de vento e da interpretação de seus dados. Os carros passaram a ser totalmente dependente desses estudos e as partes mecânicas tiveram que se subordinar a forma aerodinâmica. É a época dos carros que são extremamente sensíveis a mudança de temperatura e a presença de turbulências geradas por outros carros. Os orçamentos se tornaram astronômicos e o investimento constante em túneis de vento passou a ser tão importante quanto ter um bom piloto, um bom motor ou uma boa estrutura de fabrico. O BGP 001 chegou ao extremo de ter sido projetado usando simultaneamente três túneis de vento. É o momento de Adrian Newey e Rory Byrne.

F2003 GA, Rory Byrne

Mais que os resultados concretos, é o potencial que o carro da Virgin vem apresentando em comparação com a Lotus e a HRT que podem indicar se esse é o novo caminho a ser seguido à médio prazo na forma de se projetar e construir os carros da categoria.

Seria uma mudança enorme e que tornaria da noite para o dia desnecessária muito da estrutura atual das grandes equipes.

O conceito aeronáutico de Chapman tornou obsoleta a mecânica puramente automotiva de Vittório Jano, o método profissional de Barnard aposentou o lado empírico e improvisado de Chapman, e a eficiência aerodinâmica de Newey sobrepujou a engenharia de Barnard.

RB6, Adrian Newey

Será que estamos diante de uma nova mudança? Será que os modelos matemáticos e os computadores de nova geração vão dominar agora o projeto dos carros? Será Nick Wirth o protótipo do novo engenheiro da F1?

Seria esse o futuro de um F1?

comentários
  1. Como anda as coisas, provavelmenteteremos mais carros feitos pelos programas de computador, e acho que o que vai forçar essa mudança será o cerco aos custos, quanto mais diminuir o orçamento das equipes, mais chances de se entrar nesse caminho.

    Agora acho que é um perigo, pois com a construção de carros perfeitos e uma infinita variedade de situações que esse projeto pode sofrer em testes no computador, pode acontecer de se acabar com as ultrapassagens.

    Mais um texto de primeira, parabéns para o ULTRAPASSAGEM.

  2. Fernando Kesnault disse:

    Ótimo texto esta de parabens, agora, com relação à mudanças sempre com certeza, haverá pois faz parte da interação humana em todas as áreas de convivência. Quanto à f-1 em si, creio que deveriam frear a constante avanço tecnológico pois está matando a essencia do esporte automobilístico que é a competição para se transformar em algo planejado para acontecer. Quando vemos que os atuais carros da categoria são controlados dos boxes e os “pilotos”(?) são meros “macacos” a bordo com impulsos automáticos ficamos tristes pois qualquer um após capacitados treinamentos pode sentar ali e ser….campeão mundial de f-1. Triste, pois descaracteriza a arte de pilotar, o macete de individulizar a sua estratégia dentro de uma corrida, de tentar uma ultrapassagem no local menos propício e se dar bem, enfim, o que o público e o fã quer ver qdo. vai a um autodromo, a uma competição de carros ou assiste confortavelmente pela TV em casa. Os feitos do Sr. Eclestone para a categoria foram mais benéficos do que maléficos na soma geral, pois trouxe um profissionalismo, uma estrutura de merchandising pouco visto em outros esportes(?), tanto assim que hoje ficamos em dúvida se continua um esporte ou um negócio atrativo. Mas como dizem os historiadores a vida é uma roda cíclica e portanto sempre teremos a esperança de que as coisas funcionem a contento. Não sei, se estou falando bobagens, já que escrevo neste momento somente atraves do impulso do momento após a leitura deste ótimo texto. O que sinto é que devem “frear” esta ótima tecnologia e aplicar a essencia das corridas, que é a disputa pelos esforços do piloto e não de uma equipe profissional extremamente capacitada alojada nos boxes consciente de que sem esta estrutura não existirá corrida. Pode perfeitamente ter ambos mas com predominio da técnica e do braço do piloto para sobrepujar os adversarios e não somente as evoluções advindas dos boxes.

    • Claudio Cardoso disse:

      Fernando ->

      “Quando vemos que os atuais carros da categoria são controlados dos boxes”

      A telemetria nao funciona do Boxe para o carro. So é de uma via. So o Carro envia dados para o Boxe.

      “e os “pilotos”(?) são meros “macacos” a bordo com impulsos automáticos ficamos tristes pois qualquer um após capacitados treinamentos pode sentar ali e ser….campeão mundial de f-1.”

      Também nao chega a tanto não. Tanto é que o que vemos de piloto tomar pau do outro com o mesmo carro, é uma constante na categoria. E tirando alguns raros que entram pela porta dos fundos, muito deles sao expoentes em categorias de base, o que apenas agrega valor a categoria maxima do automobilismo. Logo fica-se a impressao, quando por exemplo vimos o Hamilton adentrar na F1, e chegar brigando de igual para igual, como Senna tambem o fez. Porem nao podemos esquecer que ambos foram avassaladores nas outras categorias, nao sao meros “Macacos treinados” :-)

      Nao é qualquer um que chega la, senta bunda e faz a diferença nao.

      • Fernando Kesnault disse:

        Claudio quem sou eu para constestar opiniões, não quero e sim atraves delas embasar junto com o meu parco conhecimento situações que vem “matando” a categoria aos nossos olhos. Quanto aos pilotos atuais é logico que temos alguns bons pilotos mas a maioria….. só para citar um exemplo dá falta de experiencia deles atualmente, em 1964 o Jackie Stewart correu 53 corridas com 26 carros diferentes em várias modalidades como F-Indy, CAN-AM, F-1, F-2 onde atraves desta experiencia o transformou em saber qdo. um carro é/está bom ou não, fato que não acontece atualmente com a garotada, colocada muita nova em equipes altamente profissionais e competetíssimas.

      • Vitor, o de Recife disse:

        Fernando, quem veio com essa história de “macacos treinados” foi ninguém menos que Niki Lauda. Comparando os F1 de 2002 (temporada que tinha bastante componentes eletronicos, só superada pela de 2004) com sua época, Niki afirmou que até um macaco dirigiria aqueles carros cheios de “mimos”. Aí ele mesmo resolveu passear naqueles “brinquedinhos”. Bem, não foi como tão fácil como o esperado…

      • Claudio CArdoso disse:

        Perfeito o video.

        Foi otimo, pq ficar da cadeira falando é muito facil.

        Acho que isso é mania de velho, meu irmao corre corridas de 10 km, e é engraçado pq os mais velhos sempre veem com aquele papo, No meu tempo eu fazia nao sei o que e nao sei o que mais. Agora mostrar e provar ninguem faz.

        Qualquer esporte do mundo onde um tem de ser melhor que o outro é dificil.

        A gente poderia dizer dos 100 metros rasos por exemplo.

        É so treinar que eu tambem corro.

        A questao nao é o correr, é correr mais rapido que o outro que tambem treina. Ai é somente para poucos.

      • celso gomes disse:

        Pô, mas isso aí não vale, Victor de REC. O que pilotou o Jaguar era um macaco velho, barrigudo e ainda por cima destreinado. :-)

        abç

      • Vitor, o de Recife disse:

        KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, essa foi boa Celso…

        Me lembrei de uma discussão no blog do William, o tema era sobreo mau desempenho do Schumacher no seu retorno. Aí escrevi o seguinte:

        “O mau desempenho do alemão demonstra como são inúteis e sem sentido aquelas enquetes de “quem foi o melhor de todos os tempos”. Todos os tempos nada, a questão é “quem foi o melhor de uma era”. Bem, na era dos pneus raiados e reabastecimento, onde os carros podiam correr leves, em sucessivas voltas de classificação, Schumacher foi soberano.”

        Lauda foi um grande piloto, sem dúvidas. Mas no seu tempo, no seu contexto. Ninguém garante que seria o mesmo correndo nos carros atuais, assim como se Hamilton seria tão brilhante correndo naquela McLaren do Emmerson. É um exercício inútil de imersão temporal (nem sei se faz sentido o que escrevi, mas digam se não ficou bonito?).

      • Anselmo Coyote disse:

        Pow… o Nick rodou depois de anos sem entrar num F1? Só ele… rsrs. Os pilotos atuais não rodam, né… hehehe!!!

    • celso gomes disse:

      Graaaande Cláudio,

      “Acho que isso é mania de velho, meu irmao corre corridas de 10 km, e é engraçado pq os mais velhos sempre veem com aquele papo, No meu tempo eu fazia nao sei o que e nao sei o que mais. Agora mostrar e provar ninguem faz.”

      Você vai chegar na sua velhice, o que é inevitável, salvo acidentes de percurso, e irá fazer, exatamente a mesma coisa, sem tirar nem por.

      É a chamada batalha entre gerações, que começa na adolescência – onde você é aquele que pensa que sabe tudo, passando pela meia idade onde você tem a certeza que sabe tudo e terminando na velhice onde você irá perceber que nunca soube de tudo e tem muito ainda que aprender. Isso já é secular entre os “homo sapiens”.

      grande abç

  3. Alex-Ctba disse:

    Perfeito Fernando. Muito apropriada sua colocação. O Celso Gomes é outro que tem um discurso muito interessante nessa questão: Tecnologia x Habilidade / Homem x Máquina. Um dia lá no blog do Becken, depois de umas cervejas, ficamos horas debatendo essa questão. Vou tentar buscar aquela nossa conversa, para colocar nesse post, para continuarmos esse debate que é interessantíssimo.

    Parabéns Sirlan por colocar essa questão na pauta do dia.

    • Claudio Cardoso disse:

      Alex. ->

      Eu tenho minhas duvidas sobre a questao tecnologica.

      Pergunta:

      Pq ninguem vai assistir campeonato de Kart ?

      Os carros sao iguais os motores sao iguais, tem ultrapassagem pra caramba, tem neguinho se matando na pista, e ninguem vai assistir.

      Da para entender isso ?

      • Fernando Kesnault disse:

        O Kart nunca atraiu público e talvez nunca atraia é uma questão de vermos e acreditarmos que existe uma boa categoria com bons pilotos em carros que gostamos de visualizar o que o kart não proporciona, seja em formas do carro, seja nas cores usadas ou patrocinio estampado.

      • Alex-Ctba disse:

        Cláudio

        Eu, pra variar, no meu debate com o Celso, defendia a tecnologia, enquanto q ele defendia a valorização do piloto. Chegamos a um meio termo, e é alcançar esse equilíbrio, q acho a grande missão da F1. Não pode deixar de ser a categoria top em tecnologia e nem parar uma de suas funções, q além de ser um esporte e entretenimento, tem tb a missão de desenvolver tecnologia aplicável aos carros de rua. Max Mosley, apesar de todas as falhas, teve algo aproveitável, como o fim do controle de tração, não deixar introduzirem o câmbio automático, não deixar voltar a suspensão ativa etc. Tecnologias q não valorizariam o braço do piloto, como vc bem citou no exemplo do Hamilton.

      • Anselmo Coyote disse:

        Tchurma,
        O kart está para a F1 igual o ping-pong está para o tênis ou o futebol de salão para futebol de campo. Pertencem à mesma categoria, tem os mesmos princípios mas não tem apelo, pois só tem para quem está competindo. Ninguém merece.
        Abs.

        PS. Kart, ping-pong e futsal são como as vuvuzelas.

    • Fernando Kesnault disse:

      Valeu Alex, não sei se consegui alcançar em palavras o que vejoe sinto da atual f-1, mas todos aqueles que gostam sabem do que falo, mesmo porque expressar logo após ler um ótimo texto não é facil. Um abração a ti e a todos os amigos.

    • Claudio CArdoso disse:

      Mas se formos ver bem, a tecnologia invadiu o esporte como um todo.

      Lembram a pouco a questao dos Maios na natacao ?

      As Varas, no salto com vara.

      As chuteiras dos jogadores

      o Chato da ginastica olimpica

      e por ai vai.

      • Alex-Ctba disse:

        Sim, não tem como evitar isso. Mas em relação a F1, a questão é não diminuir tanto a importância do piloto em comparação com a máquina. Atualmente, carro bom pode vencer com piloto mediano, enquanto q piloto bom não consegue vencer com carro mediano. Se diminuir ainda mais essa equação homem x máquina, então realmente o piloto se tornará desnecessário, e não será mais um esporte e sim uma competição tecnológica. Uma feira de ciências, ou um gigantesto autorama. Por outro lado, muitos de nós não gostamos da padronização de carros como o caso da Indy. É complicado, por isso q mudam tanto as regras na F1. E daqui para frente, a questão ambiental vai tomar mais força.

  4. tomasf1 disse:

    Até que gostei do carro na última foto.
    Só tem que mudar essa combinação de cores, está horrível! rsrs

    Curiosidade: e a asa traseira?

    • Vitor, o de Recife disse:

      Tomas, o novo carro parece muito com aqueles projetos do novo chassi da F-Indy, como o conceito de proteção das rodas, visando eliminar o “efeito catapulta” que o contato entre as rodas dos carros causam. A Lola chegou a fazer um projeto sem aerofólio, mas no modelo apresentado na concorrência mostraram um modelo mais conservador.

    • Felipinho disse:

      Vc se preocupou com a asa traseira?

      eu to procurando o motor, ou aquilo é movido a pedal? rsrsrs

    • Amigos, isso é só uma ilustração que peguei num site de designer.

      Mas bem que podia mesmo ser o futuro da F1.

  5. Ademir disse:

    Po, eu curti também o último carro…

    • Alex-Ctba disse:

      Ademir seu fanfarrão, vai trabalhar. Por isso q os processos de exportação estão todos parados. Ficar acessando blog no horário de expediente. Ops…

  6. tomasf1 disse:

    Gente, nada a ver com o post, mas o F1 Around chegou a 1 MILHÃO de visitas!
    (E mesmo estando em stand by).

  7. Allan Wiese disse:

    Belíssimo texto Sirlan.

    A uns tempos atrás participei de uma discussão no around que falava um pouco sobre o tema.
    Sou a favor das inovações tecnológicas. Inclusive acho que a F1 deveria procurar voltar a ser uma categoria de referência para inovações que possam ser aplicadas nos carros de rua.
    Mas o que defendo é que todas as inovações e tecnologias existentes não podem ofuscar o papel do piloto na competição. Acho que ninguém de nós quer ver uma corrida de autorama em tamanho real. Sempre iremos torcer pelo nosso piloto preferido e enaltecer as suas habilidades no volante. Sempre iremos nos fazer de crianças na estrada fazendo de conta que somos o nosso piloto favorito (com responsabilidade, lógico). E se as evoluções seguirem um caminho incontrolável, isso não vai ser possível.

  8. Felipinho disse:

    Mais um bom post, e assim vamos nos deleitando.

    O interessante notar é que nessa busca por redução de custos eu pergunto:

    o que é mais caro:

    – alguns dias de testes?
    – meses de tunel de vento?
    – CFD?

    por mais que se aperte as regras, as equipes vão sempre achar outra solução, geralmente mais caras, como por exemplo limitando-se os tuneis de vento, podem utilizar o túnel de água, que já foi tema de um post no F1 around.

    • Claudio Cardoso disse:

      Vou por mais lenha na fogueira.

      Nao seria UTOPICO falar em reducao de custos, se todo ano ficam modificando o regulamento ?

      Mudam especificacoes dos motores sempre, Mudam tamanho das asas, Criam Asas moveis dianteiras depois no outro ano proibem.

      Criam Kers, excluem ele, depois volta.

      Mudam tamanho das rodas, tamanho dos pneus, mudam os compostos, Criam raios nos pneus, tiram os raios, Aprovam difusores, tiram difusores.

      Desculpem o termo, MAS È SACANAGEM FALAR EM REDUCAO DE CUSTO

  9. Alex-Ctba disse:

    Claudemir, na tua discussão com o Cláudio sobre o carro mais dominante da história da F1. Vcs ficaram entre a Mclaren de 88 e a Ferrari de 2002/4. Eu já acho q é a Williams de 92. A FW14 na mão do Senna ou do Schumacher, ganharia td. Aquele carro era perfeito.

    • Claudio Cardoso disse:

      Rapaz, vou dar a mao a palmatoria.

      Voce esta certissimo.

      Até a “besta voadora” conseguiu ser campeo com aquele carro.

      Realmente foi o melhor carro da formula 1, porém o melhor aproveitado tambem.

      • Claudio Cardoso disse:

        Ops.

        O PIOR APROVEITADO

      • Alex-Ctba disse:

        Sim, pior aproveitado, pq o companheiro do Mansell era o esforçado Patrese. Naquela temporada de 92 o Leão ganhou 9 corridas, Senna 3 e Berger 2 com a McLaren, teve a primeira vitória do Schumi na Bélgica com a Benetton e o Patrese ganhou uma corridinha. Se eu bem me lembro o Mansell facilitou.

        No final deu Mansell com 108 pts contra 56 do seu companheiro q foi vice. Schumacher terminou em terceiro, na frente do Senna q foi só o quarto colocado com a já decadente McLaren/Honda.

    • Discordo.

      O Mp4/4 não era só dominante nos números, ele humilhava seus concorrentes ao ponto de dar volta no 3º colocado em boa parte das corridas naquele ano e só não foi 100% por uma besteira no Gp da Itália.

      E o Senna só foi campeão por causa do sistema ridículo de descartes de pontos, porque o Prost teve mais pontos no fim do campeonato.

      • iDavid disse:

        O FW 14 tbm colocava volta em cima do 3º colocado…

        Se não me engano +/- na metade das corridas o Mansell jah tinha colocado volta no 6º colocado…

        (acho ke estou exagerando…)

      • celso gomes disse:

        Mais lenha na fogueira:

        Carro Ano Total de GPs Venceu
        MP4/4 1988 16 15 93.7%
        F2002 2002 17 15 88.2%
        F2004 2004 18 15 83.3%
        FW14B 1992 16 10 62.5%
        FW15C 1993 16 10 62.5%

      • Alex-Ctba disse:

        Mas aí caímos de volta na questão da subjetividade. O MP4/4 contava com Prost e Senna e o FW14B com Mansell e Patrese. Tem uma enorme diferença de categoria de pilotos.

      • celso gomes disse:

        Sem dúvida, Alex.

        Fiz uma rápida pesquisa nos GPs destes anos que eu citei acima e qualquer um dos cinco carros chegou a botar volta no 3o colocado. Houve um desempenho bastante semelhante entre todos eles. Na média chegaram na frente do 5o colocado em todas as corridas que finalizaram. Como você mencionou, a questão da qualidade da mão de obra que os operaram, todos os parâmetros que buscamos para definir qual é o melhor , esbarra em algum ponto. Portanto, creio que poderemos considerar essas cinco
        obras de arte da engenharia como os melhores da era moderna da F1.

        abç

      • Alex-Ctba disse:

        Fexô!

  10. danflu12 disse:

    Realmente, a F1 muito muito de uns anos pra cá. Só espero que esse carro não seja o do futuro da F1, porque eu não aprovo não rsrs. Mas, evoluiu muito em relação aos acertos, seguranças, os carros firacam cada vez maior. O que eles querem recuperar agora é a competitividade, pelo menos eu espero isso né. O problema é que não adianta mudar carro se as corridas forem em circuitos sem graça sem poder ultrapassar e pisar fundo. Ai cara, queria saber se você está interessando em uma possivel parceria de blogs. Abraços!

  11. Mari Espada disse:

    Wow!
    Cheguei atrasada hoje!!!
    Preciso ler tudo isso antes de comentar, pra n]ão falar nenhuma merda, né? Hehehe.

    Aguardem meu comentário amanhã…
    Pois hoje tô indo dar um “up” no cabelo, que nem esses F1 cheios de design! =)

    Até!

    • Mari Espada disse:

      Pára tudo! Meu cabelo está papaya orange!!!
      Hahaha, qualquer “alaranjado” para mim é homenagem à McLaren…

      E chega de conversa de mulherzinha! =)

  12. lucasdesiderato disse:

    O blog é muito bom, eu não conhecia, já indiquei, e salvei nos favoritos.
    Os carros de F1 evoluiram muito, e cada vez aparecem novas formas de pensar, e construir os carro. Ano passado a Brawn GP inovou com o difusor, todos já tem. Esse ano a Mclaren veio com a “asa-duto” e quase todos já tem. A expectativa é de que as evoluções continuem, e cada vez mais tornem os carros mais rápidos.

  13. Mari Espada disse:

    Sirlan, excelente abordagem neste texto, hein…
    Isso me fez pensar na inovação que a categoria Fórmula 1 sempre representou. E acredito que esteja no momento dela passar por grandes mudanças novamente!

    Um carro de F1 representa o futuro, tanto em tecnologia, quanto em design. Eles não podem deixar isso morrer!
    Apesar de que a “forma” está sempre subjulgada à “função”… e assim os engenheiros não podem propor modelos esteticamente inovadores se não for para melhorar o resultado do carro na pista.

    Hoje, vejo muita beleza na asa frontal da McLaren, que tem a forma com mais curvas doque a das concorrentes. Simplesmente linda! (eu não consigo escrever nenhum comentário sem puxar o saco, né?)
    Mas claro que não chega aos pés de representar uma mudança visual nos carros.

    É fato que cada engenheiro marcou a sua época, e acredito que agora seja a vez de Nick Wirth sim. Mas especialmente na forma de projetar com menos custos, doque no resultado final de design.
    Para termos um design como o F1 da primeira ou última foto, muitas coisas precisarão mudar no regulamento… está muito além do alcance dos engenheiros, que apenas obedecem as regras. (e suas entrelinhas…)

    Outro detalhe que necessita de ajustes no regulamento é a aerodinâmica excessiva!
    E não pensem que eu não gosto de observar as inovações aerodinâmicas e toda a inteligência que isso envolve… é lindo ver soluções como o difusor-duplo e o f-duct… mas tambpem é lindo ver a mecânica em ação!

    E na minha opinião os carros de F1 ultimamente estão mais para aviões doque para carros, pois qualquer pedacinho de asa que o carro perder em um toque com um adversário, já era! Tem que ir pro box senão o carro fica incontrolável!
    Estamos excessivamente dependentes da aerodinâmica!!! E isso não devia ser assim!

    A aerodinâmica deve sim andar junto com a mecânica, mas sem subjulgá-la como está ocorrendo atualmente. Quero motores mais potentes, que possibilitem os pilotos demonstrarem o que sabem fazer de melhor!

    Minha esperança é 2013, como me disse o Claudemir em um post anterior… quando os motores serão turbos de 1.6 litros com GDI.
    Só espero que isso não represente um retrocesso no design!

  14. Ron Groo disse:

    Sou completamente contra este tipo de mudança, tanto quanto cobrir cockpits…
    Logo vão querer que os pilotos fiquem nos boxes pilotando carros virtuais…
    O perigo é inerente ao esporte, e no caso das rodas, um bom cabo seguraria ela presa ao carro em caso de acidente.

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